Blog da Cacá Coelho

Jornalismo diário

Posted in Aulas, Jornalismo na veia by Carla Coelho on 06/05/2010

Já comentei com alguns alunos sobre o blog do programa de treinamento em jornalismo da Folha de S.Paulo, o Novo em Folha. Ele é produzido pela editora de treinamento da Folha, Ana Estela de Sousa Pinto, pelos participantes do treinamento e pela Redação. Vale a pena conhecer e deixá-lo nos favoritos.

Ana Estela também é autora do livro Jornalismo diário: reflexões, recomendações, dicas e exercícios. Clique aqui e assista ao vídeo, no qual a editora dá orientações para jovens jornalistas.

Em 2009, fui presenteada pelo meu amigo Alec Duarte, editor de política da Folha, com esta obra, que recomendo e uso em muitas das aulas de Técnicas de reportagem, entrevista e pesquisa em Jornalismo (TREP).

Ser jornalista

Posted in Jornalismo na veia by Carla Coelho on 07/04/2010

“Antes de ser mera opção profissional, este ofício é uma opção de vida”. 

Há inúmeros veículos para divulgação de informações, ser jornalista, atualmente, é saber selecionar, buscar e traduzir esse turbilhão de informações para o público-alvo dele. É participar de uma conversação com o público, antigamente apenas leitor, agora co-participante efetivo de práticas antes restritas apenas ao jornalista profissional, como a apuração/difusão de notícias. É estar preparado para um contato direto e imediato com o receptor de seu trabalho, disposto a receber reparos, correções e, especialmente, sugestões de boas pautas e de assuntos que palpitam nas conversações mediadas por computador. É monitorar a rede em busca de boas histórias e de assuntos que possam complementar as características básicas da profissão, que não se perderam com os avanços tecnológicos, como a observação, a sacada e a opinião. 

Tem a função de achar e selecionar o que é interessante para o público dele e traduzir essas informações, ou seja, diante do caos informativo e do excesso de opções, é filtrar, editar e hierarquizar o noticiário, apresentando ao público uma sequência lógica dos acontecimentos. É, também, priorizar a análise e a contextualização dos fatos (isso inclui pensar o jornalismo como um conjunto de processos que hoje englobam vídeos, áudios, artes em flash, galerias de fotos, etc.). É dialogar com o público. Estabelecer comunidades virtuais em torno de temas de interesse e usar todas as ferramentas interativas disponíveis. 

A missão do jornalista é reunir e disponibilizar as informações para o público: a fiscalização do poder público (e isso vale para todas as editorias), o acompanhamento da economia, do esporte, da moda, do trânsito, o que quer que seja. Isso tudo pensando no interesse público, mas sem esquecer que somos como qualquer outro trabalhador, só que o nosso produto é a informação e devemos ser lucrativos no que fazemos. 

O perfil deste profissional é o de uma pessoa multitarefa, presente em todas as instâncias da Web, com noções claras sobre as potencialidades da Internet e de que forma elas podem complementar o seu trabalho no dia-a-dia. Deve ser curioso, cético, observador, criativo e, claro, dominar o idioma. 

Sete de abril é um dia muito importante para nós.
Parabéns pelo Dia do Jornalista! 

—- 

“Os mais velhos falavam que o Jornalismo é um sacerdócio – e tinham razão. Eu, por exemplo, queria ser padre, mas como padre não pode casar e a única coisa que sabia fazer era escrever, fui muito cedo trabalhar numa redação de jornal, a Folha Santamarense, que já nem existe mais. 

Não basta, porém, saber – ou pensar que sabe – escrever. Ser repórter é bem mais do que simplesmente cultivar belas-letras, se o profissional entender que sua tarefa não se limita a produzir notícias segundo alguma fórmula ‘científica’, mas é a arte de informar para transformar. 

Por um motivo muito simples: e Jornalismo não é uma ciência exata. As técnicas, qualquer um aprende em pouco tempo. Mas, antes de começar a escrever, o repórter tem que definir bem definido porque escolheu a profissão, o que quer dela. Se for dinheiro, prestígio ou segurança, melhor desistir logo, porque devem existir mil opções mais atraentes. O repórter só deve ser repórter se isso for irresistível, se não houver outro jeito de ganhar a vida, se alguma força maior o empurra para isso. 

Que força é essa? Isso é tão difícil de explicar como definir o amor. Daí a dificuldade de se fazer um livro teórico sobre Jornalismo. Como explicar, como definir, como conceituar, se não há regras, fórmulas, receitas? Até porque, se as houvesse, todos os jornais seriam iguais e todos os repórteres escreveriam da mesma forma. 

(…) 

Pode-se fazer uma reportagem de mil maneiras diferentes, dependendo da cabeça e do coração de quem escreve, desde que essa pessoa seja honesta, tenha caráter, princípios. Não, não estou falando da tal ‘objetividade jornalística’, da ‘neutralidade’ do repórter, essas bobagens que inventaram para domesticar os profissionais que não se dobram aos poderosos de plantão, porque têm um compromisso maior com seu tempo e sua gente. Esse compromisso é que tem de nortear sempre o nosso trabalho – o resto a gente vai aprendendo com o tempo. O leitor tem o direito de saber o que pensa, de que lado está aquele que lhe escreve – é uma informação a mais para que ele possa tirar suas próprias conclusões”. 

(KOTSCHO, R. A prática da reportagem. São Paulo: Editora Ática: 2005, p. 7 e 8). 

A cobertura jornalística do The New York Times

Posted in Aulas, Jornalismo na veia, Novas mídias by Carla Coelho on 30/03/2010

Desde o último dia 22, o The New York Times tem divulgado o processo de produção de seu conteúdo. Os vídeos mostram da reunião de pauta com os editores das principais pautas do dia – nacional e internacional – e com editores assistentes por telefone, passando por uma conversa com editores e secretário de redação. Na estreia do TimesCast, a repórter de economia também fala da apuração dos fatos para elaboração de sua matéria.

É uma aula de técnicas de reportagem, entrevista e pesquisa dada diariamente pelo NYT. Cique na imagem e confira!

A NOUS PARIS

Posted in Jornalismo na veia by Carla Coelho on 24/03/2010

Os amigos mais próximos sabem que tenho alguns exemplares de jornais do mundo. Não que eu tenha ido a todos esses lugares, mas normalmente ganho ou peço para trazer um número. Tudo começou quando ganhei um exemplar do The New York Times e com o passar do tempo fui aumentando meu acervo de jornais internacionais.

Numéro du 22 Mar 10

A minha prima recém chegada da Cidade Luz trouxe, além do jornal Le Monde que havia pedido a ela, um brinde extra: A Nous Paris. Após folheá-la, apenas (porque não tenho familiaridade com o idioma), fiquei intrigada ao saber que este periódico é uma revista distribuída, gratuitamente, nos metrôs de Paris. Garanto: o Metrô News é uma criança de colo se comparado a este periódico da capital francesa.

A revista é impressa em papel jornal, colorida e no formato A3. O projeto gráfico refletido no layout apresenta facilidade para leitura por meio da distribuição das notícias. A tira “Les Formidables Aventuras sans Lapinot” traz os personagens Félix, Richard e Patrick com traços e coloridos interessantes. A publicação é dividida em quatro grandes editorias: Dans L’Air (subeditorias: Tendance, Conversation, Shopping, High-Tech e Évasion);  Affaires Culturelles (subeditorias: Événement, Cinéma, Expos, Scènes, BD, Sons, Bons Plans, Sélection); Style de Ville (subeditorias: Parcours, Vivement Mercredi, Lieux, Restos, Clubbing, Correspondances); e Connexions (subeditorias: Emploi, Formation e Petites Annonces).

São mais de cinquenta páginas cuidadosamente emolduradas que informam o parisiense com diversas notícias, prestação de serviços e, ainda, trazem toda a agenda cultural da semana de Paris. Por último, mas certamente é também uma observação importante, o nome da revista demonstra a proximidade que ela quer ter com o leitor. Como os perfumes, gostei: A Nous Paris é elegante e charmosa. Obrigada, Fran!

Estadão tem cara nova

Posted in Jornalismo na veia by Carla Coelho on 14/03/2010

 

Jornalismo renovado em O Estado de S.Paulo

O Estado de S.Paulo, com 135 anos de tradição no jornalismo, renova seu formato impresso e digital. O jornal impresso traz uma nova capa: o topo conta com informações sobre os principais conteúdos culturais, esportivos e os suplementos diários, e o miolo -com inovação tipográfica- tem cinco colunas. O site também tem várias mudanças, como o número de colunas, os destaques e, ainda, o novo layout apresenta mais facilidade em distribuir as notícias por meio das novas mídias.

No túnel do tempo

Posted in Jornalismo na veia by Carla Coelho on 10/02/2010

O portal do Arquivo Público do Estado de São Paulo democratiza acesso, na seção Memórias da Imprensa, a informações sobre a história da imprensa brasileira. O acervo conta com coleções de jornais e revistas, como o primeiro diário da então província de São Paulo, O Correio Paulistano, fundado pelo tipógrafo Joaquim Roberto de Azevedo Marques, circulou de 1854 a 1930, e depois, com intervalos, até 1963; a revista carioca O Malho, que circulo de 1902 a1954, tornou-se famosa por suas charges modernas e críticas, além das piadas sobre a vida política do país; como a revista Anauê (1935) e o jornal diário Acção ( 1936), entre outros.

O jornal diário Última Hora (1951 -1971), criado e dirigido pelo jornalista Samuel Wainer, chegou a ser publicado em sete cidades. Considerado um marco na história da imprensa brasileira, o Última Hora foi um veículo ágil, movimentado e que tinha várias edições por dia.

O jornal de Wainer tem um espaço privilegiado no portal. O projeto consiste na digitalização de todos os exemplares do jornal Última Hora – Rio de Janeiro. Na primeira etapa do projeto foram digitalizadas 36 mil páginas correspondentes a 60 meses de jornal.

Inscrições abertas: curso de pós-graduação em Jornalismo Esportivo na Faap

Posted in Jornalismo na veia by Carla Coelho on 07/01/2010

Estão abertas as inscrições para o curso de pós-graduação em Jornalismo Esportivo que a Faap dará a partir de março. Sob coordenação do editor-adjunto de Esportes da Folha de S.Paulo, Fábio Seixas, o curso vai abordar o cotidiano profissional e os aspectos administrativos, políticos e fisiológicos do esporte, além de debater regras e características técnicas de cada modalidade. Além de Seixas, participam do projeto Flavio Gomes (responsável pelo site Grande Prêmio, apresentador da rádio Eldorado e comentarista da ESPN Brasil), Edson Rossi (diretor de Conteúdo do portal Terra), Rodolfo Martino (coordenador de Jornalismo da Universidade Metodista), Alec Duarte (editor-assistente do caderno de Esportes da Folha) e Sérgio Rizzo (crítico do caderno Ilustrada da Folha, com passagem pelo jornalismo esportivo na extinta Gazeta Esportiva). E, ainda, Juca Kfouri (comentarista da rádio CBN, da ESPN Brasil e colunista da Folha) e Paulo Vinicius Coelho, o PVC (também comentarista da ESPN Brasil e colunista da Folha) vão ministrar palestras na especialização. Aulas às terças e quintas-feiras, das 19h30 às 22h45, e um sábado por mês, das 9h30 às 12h45. Informações no 11 3662-7449 ou pos.atendimento@faap.br e pos.preinscricao@faap.br . Para ver o programa completo, acesse o site.

Pós-graduação em Jornalismo Esportivo

Posted in Jornalismo na veia by Carla Coelho on 16/11/2009

A Faculdade de Comunicação e Marketing da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) lança o curso de pós-graduação lato sensu em Jornalismo Esportivo. Entre as feras acadêmicas e do jornalismo estão meus colegas Alec Duarte (Folha de S.Paulo) e Rodolfo Martino (coordenador de Jornalismo da Universidade Metodista). O curso é coordenado pelo jornalista da Folha de S.Paulo, o professor Fabio Seixas de Barros Silva.