Blog da Cacá Coelho

Marilena Chaui fala sobre liberdade de expressão e de imprensa

Posted in Mídia & Política by Carla Coelho on 19/10/2010

Para Marilena, Serra ameaça liberdade de expressão e de imprensa

Ainda em entrevista, gravada em 13 de outubro de 2010, a filósofa e professora da Universidade de São Paulo (USP), Marilena Chaui, fala que a democracia é a criação de direitos, e um dos direitos fundamentais da democracia  é a liberdade de expressão.  A filósofa fala ainda da demissão da colaboradora do jornal O Estado de S.Paulo, Maria Rita Kehl, por escrever o artigo Dois pesos que vai contra a linha editorial do jornal – este que fazia campanha em prol da liberdade democrática, publicada em seu editorial de 26/09. Mas, para Marilena, o pior ainda é o desrespeito que a mídia apoiadora do Serra tem promovido aos (e)leitores, que é a desinformação nas eleições deste ano.

Mais uma aula que vale a pena assistir!

Marilena Chaui define democracia

Posted in Mídia & Política by Carla Coelho on 19/10/2010

Para Marilena, Serra é ameaça à democracia e aos direitos sociais

A filósofa e professora da Universidade de São Paulo (USP), Marilena Chaui, define o que é democracia, fala sobre os avanços do governo Lula e da ameaça aos direitos sociais. A entrevista foi gravada em 13 de outubro de 2010.

Recebi este vídeo do meu eterno orientador e não pude deixar de compartilhar esta aula da profa. Marilena Chaui sobre o sentido das forças políticas que estão em jogo neste segundo turno. Vale a pena assistir o vídeo.

Vânia Coelho lança “Costureira dos Malditos”

Posted in Mídia by Carla Coelho on 15/06/2010

Livro é a quarta obra da carreira profissional e traz 83 poemas livres de metrificação, carregados de críticas que alinham posturas sociopolíticas diante do quadro em que se estrutura o mundo contemporâneo

No próximo dia 19 (sábado), a amiga jornalista e professora mestre Vânia Coelho lança a obra “Costureira dos Malditos” – o quarto livro de sua carreira profissional -, na Livraria da Vila, em São Paulo.

A autora traz uma coletânea de 83 poemas livres de metrificação, carregados de críticas que alinham posturas sociopolíticas diante do quadro em que se estrutura o mundo contemporâneo. Os temas apresentam-se por meio de polissíndetos, hipérboles, metáforas e antíteses. Vânia evidencia a alma feminina que grita por liberdade e luta contra a miserabilidade humana e a artificialidade social; e que deseja um lugar ao sol, um espaço no universo social, político, econômico e cultural. “São as entranhas da mulher que vomitam palavras e remontam poemas, é o feminino que sua, que migra, que destila e “ulcerifica” em prol da liberdade de existir e de coabitar no diferente”, explica a docente.

O nome do livro foi inspirado na poesia “Garoa do meu São Paulo”, de Mário de Andrade. Em Andrade, “costureira” é a metáfora da garoa que mostra e esconde uma cidade desigual. No entanto, essa desigualdade é o ponto de união entre opostos. No livro de Vânia Coelho, “costureira” vem da mulher que alinhava a trama dos tecidos que costura a vida e, ponto a ponto, constrói críticas severas, desdobrando-se em múltiplas visões de personagens que compõem a sociedade contemporânea.

Serviço
Evento: Lançamento do livro “Costureira dos Malditos”
Data e horário:19 de junho, das 15h às 18h
Local: Livraria da Vila – Rua Fradique Coutinho, 915, Pinheiros, São Paulo-SP

FONTE: Portal UNG

Jornalismo diário

Posted in Aulas, Jornalismo na veia by Carla Coelho on 06/05/2010

Já comentei com alguns alunos sobre o blog do programa de treinamento em jornalismo da Folha de S.Paulo, o Novo em Folha. Ele é produzido pela editora de treinamento da Folha, Ana Estela de Sousa Pinto, pelos participantes do treinamento e pela Redação. Vale a pena conhecer e deixá-lo nos favoritos.

Ana Estela também é autora do livro Jornalismo diário: reflexões, recomendações, dicas e exercícios. Clique aqui e assista ao vídeo, no qual a editora dá orientações para jovens jornalistas.

Em 2009, fui presenteada pelo meu amigo Alec Duarte, editor de política da Folha, com esta obra, que recomendo e uso em muitas das aulas de Técnicas de reportagem, entrevista e pesquisa em Jornalismo (TREP).

As embaixadinhas de Romário

Posted in Mídia & Política by Carla Coelho on 05/05/2010

O ex-jogador de futebol Romário, que aos 43 anos se aposentou dos gramados, anuncia que pretende entrar em campo novamente, mas agora como candidato a deputado pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) às eleições 2010. O artilheiro quer defender a prática desportiva como forma alternativa aos jovens dos morros cariocas que não têm muitas opções ou nenhuma e acabam trilhando pelos caminhos da ilegalidade.

O ex-jogador de futebol Romário visita a Câmara dos Deputados (José Cruz/ABr)

Ora bolas, o Baixinho ajuda a indústria da notícia a vender bastante jornal, porém nunca mais esteve nas páginas da editoria de Esportes. Recentemente, lançou um livro e desejou fazer sucesso como escritor e palestrante. Mas antes de lançar o livro, o ex-craque ficou concentrado na sala da polícia por ter se esquecido de pagar a pensão para os filhos do primeiro casamento. Falando nisso, o futuro candidato teve sua luxuosa cobertura na Barra da Tijuca, no Rio, leiloada para pagar dívidas de mais de R$ 8 milhões. Romário sofreu uma goleada da justiça carioca com cerca de 30 processos contra ele, ou seja, esteve nas páginas jornalísticas acusado de sonegação, pensões alimentícias, danos morais, entre outros. Questionado sobre isso, ele elogiou a aprovação do projeto de lei que exige Ficha Limpa para ser candidato. “Tem que estar limpa”, afirmou.

 ‘Qual é Peixe!?’ O que Zico e Zagallo estão achando dessa nova jogada do Baixinho? Será que, se eleito, ele vai dar um show de bola ou será mais uma celebridade polêmica na política brasileira?

Ser jornalista

Posted in Jornalismo na veia by Carla Coelho on 07/04/2010

“Antes de ser mera opção profissional, este ofício é uma opção de vida”. 

Há inúmeros veículos para divulgação de informações, ser jornalista, atualmente, é saber selecionar, buscar e traduzir esse turbilhão de informações para o público-alvo dele. É participar de uma conversação com o público, antigamente apenas leitor, agora co-participante efetivo de práticas antes restritas apenas ao jornalista profissional, como a apuração/difusão de notícias. É estar preparado para um contato direto e imediato com o receptor de seu trabalho, disposto a receber reparos, correções e, especialmente, sugestões de boas pautas e de assuntos que palpitam nas conversações mediadas por computador. É monitorar a rede em busca de boas histórias e de assuntos que possam complementar as características básicas da profissão, que não se perderam com os avanços tecnológicos, como a observação, a sacada e a opinião. 

Tem a função de achar e selecionar o que é interessante para o público dele e traduzir essas informações, ou seja, diante do caos informativo e do excesso de opções, é filtrar, editar e hierarquizar o noticiário, apresentando ao público uma sequência lógica dos acontecimentos. É, também, priorizar a análise e a contextualização dos fatos (isso inclui pensar o jornalismo como um conjunto de processos que hoje englobam vídeos, áudios, artes em flash, galerias de fotos, etc.). É dialogar com o público. Estabelecer comunidades virtuais em torno de temas de interesse e usar todas as ferramentas interativas disponíveis. 

A missão do jornalista é reunir e disponibilizar as informações para o público: a fiscalização do poder público (e isso vale para todas as editorias), o acompanhamento da economia, do esporte, da moda, do trânsito, o que quer que seja. Isso tudo pensando no interesse público, mas sem esquecer que somos como qualquer outro trabalhador, só que o nosso produto é a informação e devemos ser lucrativos no que fazemos. 

O perfil deste profissional é o de uma pessoa multitarefa, presente em todas as instâncias da Web, com noções claras sobre as potencialidades da Internet e de que forma elas podem complementar o seu trabalho no dia-a-dia. Deve ser curioso, cético, observador, criativo e, claro, dominar o idioma. 

Sete de abril é um dia muito importante para nós.
Parabéns pelo Dia do Jornalista! 

—- 

“Os mais velhos falavam que o Jornalismo é um sacerdócio – e tinham razão. Eu, por exemplo, queria ser padre, mas como padre não pode casar e a única coisa que sabia fazer era escrever, fui muito cedo trabalhar numa redação de jornal, a Folha Santamarense, que já nem existe mais. 

Não basta, porém, saber – ou pensar que sabe – escrever. Ser repórter é bem mais do que simplesmente cultivar belas-letras, se o profissional entender que sua tarefa não se limita a produzir notícias segundo alguma fórmula ‘científica’, mas é a arte de informar para transformar. 

Por um motivo muito simples: e Jornalismo não é uma ciência exata. As técnicas, qualquer um aprende em pouco tempo. Mas, antes de começar a escrever, o repórter tem que definir bem definido porque escolheu a profissão, o que quer dela. Se for dinheiro, prestígio ou segurança, melhor desistir logo, porque devem existir mil opções mais atraentes. O repórter só deve ser repórter se isso for irresistível, se não houver outro jeito de ganhar a vida, se alguma força maior o empurra para isso. 

Que força é essa? Isso é tão difícil de explicar como definir o amor. Daí a dificuldade de se fazer um livro teórico sobre Jornalismo. Como explicar, como definir, como conceituar, se não há regras, fórmulas, receitas? Até porque, se as houvesse, todos os jornais seriam iguais e todos os repórteres escreveriam da mesma forma. 

(…) 

Pode-se fazer uma reportagem de mil maneiras diferentes, dependendo da cabeça e do coração de quem escreve, desde que essa pessoa seja honesta, tenha caráter, princípios. Não, não estou falando da tal ‘objetividade jornalística’, da ‘neutralidade’ do repórter, essas bobagens que inventaram para domesticar os profissionais que não se dobram aos poderosos de plantão, porque têm um compromisso maior com seu tempo e sua gente. Esse compromisso é que tem de nortear sempre o nosso trabalho – o resto a gente vai aprendendo com o tempo. O leitor tem o direito de saber o que pensa, de que lado está aquele que lhe escreve – é uma informação a mais para que ele possa tirar suas próprias conclusões”. 

(KOTSCHO, R. A prática da reportagem. São Paulo: Editora Ática: 2005, p. 7 e 8). 

A cobertura jornalística do The New York Times

Posted in Aulas, Jornalismo na veia, Novas mídias by Carla Coelho on 30/03/2010

Desde o último dia 22, o The New York Times tem divulgado o processo de produção de seu conteúdo. Os vídeos mostram da reunião de pauta com os editores das principais pautas do dia – nacional e internacional – e com editores assistentes por telefone, passando por uma conversa com editores e secretário de redação. Na estreia do TimesCast, a repórter de economia também fala da apuração dos fatos para elaboração de sua matéria.

É uma aula de técnicas de reportagem, entrevista e pesquisa dada diariamente pelo NYT. Cique na imagem e confira!

A NOUS PARIS

Posted in Jornalismo na veia by Carla Coelho on 24/03/2010

Os amigos mais próximos sabem que tenho alguns exemplares de jornais do mundo. Não que eu tenha ido a todos esses lugares, mas normalmente ganho ou peço para trazer um número. Tudo começou quando ganhei um exemplar do The New York Times e com o passar do tempo fui aumentando meu acervo de jornais internacionais.

Numéro du 22 Mar 10

A minha prima recém chegada da Cidade Luz trouxe, além do jornal Le Monde que havia pedido a ela, um brinde extra: A Nous Paris. Após folheá-la, apenas (porque não tenho familiaridade com o idioma), fiquei intrigada ao saber que este periódico é uma revista distribuída, gratuitamente, nos metrôs de Paris. Garanto: o Metrô News é uma criança de colo se comparado a este periódico da capital francesa.

A revista é impressa em papel jornal, colorida e no formato A3. O projeto gráfico refletido no layout apresenta facilidade para leitura por meio da distribuição das notícias. A tira “Les Formidables Aventuras sans Lapinot” traz os personagens Félix, Richard e Patrick com traços e coloridos interessantes. A publicação é dividida em quatro grandes editorias: Dans L’Air (subeditorias: Tendance, Conversation, Shopping, High-Tech e Évasion);  Affaires Culturelles (subeditorias: Événement, Cinéma, Expos, Scènes, BD, Sons, Bons Plans, Sélection); Style de Ville (subeditorias: Parcours, Vivement Mercredi, Lieux, Restos, Clubbing, Correspondances); e Connexions (subeditorias: Emploi, Formation e Petites Annonces).

São mais de cinquenta páginas cuidadosamente emolduradas que informam o parisiense com diversas notícias, prestação de serviços e, ainda, trazem toda a agenda cultural da semana de Paris. Por último, mas certamente é também uma observação importante, o nome da revista demonstra a proximidade que ela quer ter com o leitor. Como os perfumes, gostei: A Nous Paris é elegante e charmosa. Obrigada, Fran!

Maluf está na mira da Interpol

Posted in Mídia & Política, Notícias comentadas by Carla Coelho on 20/03/2010

A pedido da Promotoria de Nova Iorque, nos EUA, o nome do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) foi incluído na lista de procurados, chamada de ‘difusão vermelha’, da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal).

Em 2007, a justiça norte-americana determinou a prisão de Maluf pelos crimes de conspiração, auxílio na remessa de dinheiro ilegal para Nova Iorque e roubo de dinheiro público em São Paulo. Maluf é acusado de desviar verbas das obras da Avenida Água Espraiada e enviá-las para Nova Iorque, Suíça, Inglaterra e Ilha de Jersey, um paraíso fiscal. Segundo o Ministério Público paulista, parte do recurso era investido na Eucatex, empresa do deputado em São Paulo.

O ex-prefeito da cidade de SP pode ser preso ao entrar em um dos 181 países que são membros da Interpol. É lamentável que a decisão da prisão de Maluf, pela Organização Internacional, não pode ser cumprida no Brasil. Será que existe alguma maneira da Interpol incluir mais um País (o nosso, é claro) como o 182º membro?

“Querem mandar algum recado p/ Ibsen…?”

Posted in Mídia, Mídia & Política, Notícias comentadas, Novas mídias by Carla Coelho on 19/03/2010

Ontem (18), presenciamos mais uma demonstração da força de disseminação das novas mídias. Os cariocas invadiram o Twitter e colocaram, no topo do ranking de temas mais comentados no Brasil, manifestações contra a Emenda Ibsen, que prevê divisão igualitária dos royalties do pré-sal entre os Estados e municípios, sem privilegiar os produtores, como o Rio de Janeiro.

Em sinal de protesto, os blogueiros divulgaram a mensagem: “Querem mandar algum recado p/ Ibsen: gabinete (61-3215-5968) e-mail (dep.ibsenpinheiro@camara.gov.br)?” O movimento contou com a contribuição da celebridade mais seguida da rede social de microblogs, o apresentador Luciano Huck, que também retransmitiu (RT: Retweet) o texto recebido do ator global, Bruno Gagliasso, com o telefone e o e-mail do deputado para quase dois milhões de seguidores diários.